13/02/2017
O cenário econômico brasileiro, atual, indica leves mudanças para 2017. Mesmo diante de uma economia complicada que o ano de 2016 apresentou, tendo o PIB de exportação e importação em queda, atualmente é possível perceber que há mudanças em alguns indicadores.
Conforme o resultado do IBGE, o cenário econômico nacional de 2016 apresentou certa contenção nos preços, sendo que a inflação fechou o ano em 6,29%, abaixo de 2015 que foi de 10,67%. Ainda que exista uma retração do consumo, dois dados relevantes sugerem melhoras do mercado, segundo avaliação do Fundo Monetário Internacional – FMI, para 2017 o PIB nacional deve apresentar um crescimento de 0,2%, enquanto, o Banco Mundial – BIRD, anuncia que a economia brasileira crescerá em torno de 0,5%, neste ano.
Mesmo após um ano turbulento e apesar das dificuldades, no último trimestre de 2016, pesquisas apontam um maior número de transações de compra e venda no mercado imobiliário nacional, isto devido à estabilidade nos valores ofertados, deste modo o setor tende cada vez mais se fortalecer.
E mesmo diante dos desafios do mercado nacional, no qual vários setores estão reduzindo investimentos e expectativas de crescimento, o estado de Santa Catarina fechou 2016 em 3º lugar no ranking de competitividade dos estados, no qual avalia a evolução dos estados brasileiros. Ainda com saldo positivo, dados do IBGE apresentados em 2016, elencaram Santa Catarina com a sexta maior taxa de desenvolvimento entre os estados brasileiros, em relação ao ano anterior.
Obviamente que a economia catarinense também sofre reflexos do atual cenário econômico do país, o setor do mercado imobiliário sofreu impactos financeiros durante o ano de 2016, porém conseguiu agregar positivamente na economia do estado. Nos últimos anos, o mercado catarinense vem apresentando grande desempenho econômico a nível nacional, um dos fatores com maior relevância foi o aporte das multinacionais no estado, que agregaram vantagens ao mercado econômico estadual. Assim como as companhias catarinenses que vêm apresentando uma resistência à desaceleração do consumo em relação ao país, devido a uma economia dinâmica, competitiva e internacionalizada.
Atualmente, Santa Catarina é conhecida por sua forte diversidade econômica, fundamentada principalmente na agricultura, indústrias, sendo considerado o quarto maior parque industrial do país, além da diversidade de segmentos do mercado espalhados por todo o estado, reforçando o empreendedorismo catarinense. Em se tratando de economia, não se pode deixar de citar a atividade turística e o mercado imobiliário, que são fortes propulsores da economia catarinense.
Em recente análise realizada pelo Departamento de Pesquisa do Secovi/SC, na qual foi estudado o cenário do mercado imobiliário do ano de 2016, das cidades de Balneário Camboriú, Itajaí, Itapema, Lages e Rio do Sul, cidades des consideradas polos da base territorial do sindicato, foi possível observar que a variação do valor médio do m², apresentou uma média geral de 6,49%, levemente acima da inflação do período, fechando o ano positivamente para o mercado.
Ainda com base na pesquisa realizada os resultados da maioria das cidades apresentaram variação aproximada à inflação, destacando Itajaí com a maior valorização do período, ou seja, de modo geral as cidades apresentaram um crescimento nos valores ofertados do m² apenas inflacionário, com ganho real mínimo, mas mantendo a valorização. Destaque também para a cidade de Rio do Sul que apresentou valorização abaixo da inflação.
Conforme o presidente do Secovi/SC, Sérgio Luiz dos Santos “esses dados demonstram, que apesar da estagnação econômica, onde os profissionais do setor e investidores estão operando com cautela, ainda existe um crescimento positivo do mercado imobiliário, demonstrando que o setor possui solidez” comenta.
Visto que o cenário do mercado imobiliário catarinense de 2016 sofreu oscilações e apresentou leves quedas de valores, contudo ainda houve valorização nos índices do setor de compra, venda e locação. Comparando o cenário do mercado imobiliário catarinense com a economia nacional, ele se apresenta a níveis positivos, porém o rendimento exigido ao longo de 2016 terá que ser maior em 2017, de modo a amenizar constantemente os impactos que se apresentam no decorrer dos últimos anos, para que não haja reflexos fortes no mercado econômico catarinense.
Para o ano de 2017, há previsões de moderadas melhoras, apesar das dificuldades enfrentadas em 2016, o mercado esta precavido nos investimentos realizados, além dos financiamentos que tiveram uma redução devido ao aumento das taxas de juros, a perspectiva é que este ano haja recuperação econômica, o que poderá refletir na geração de empregos, aumento da produtividade, do PIB e diminuição das taxas dos juros.
Visto as perspectivas e do mercado apresentar instabilidade, se deve estar atento às possíveis mudanças, sendo que 2017 já sugere sinais de recuperação econômica, e retomadas devem aparecer apenas no segundo semestre, conforme economistas.
Confira na Revista da Habitação edição 40, dados detalhados sobre o cenário do mercado imobiliário de 2016.